Bebês e Crianças, Desenvolvimento, Gravidez

Álcool na gestação

08 ago 2013 • por Gabriella Brandão • 2 Comentários

O álcool na gestação
A ideia desse post surgiu num bate papo com uma professora particular que se disse impressionada com a quantidade de crianças “doentes” nos dias de hoje. Questionei imediatamente se a “doença” das crianças não estava associada a “doença” dos pais, mas a mesma me disse que muito se estuda hoje sobre a influência da ingestão do álcool na gravidez, já que a quantidade de bebida ingerida na sociedade tem aumentado a cada dia.

Ela ainda continuou dizendo que lidar com crianças no dia a dia é um aprendizado contínuo, mas que tem se “chocado” com o número de crianças que se “machucam” e também crianças que experimentam o álcool muito cedo e na presença dos próprios pais e incentivados por eles.

Sai de lá louca de curiosidade para pesquisar em mais detalhes sobre a ingestão do álcool na gravidez e o post é justamente sobre isso. Mais para frente irei escrever sobre o aumento de crianças que se “machucam” que é um alerta muito sério para os pais.

O uso do álcool durante a gravidez pode ser muito perigoso para a mãe e para o bebê. Não existe uma dose limite pré-estabelecida para a ingestão do álcool pela gestante que não prejudique o bebê.

O álcool é uma substância com livre passagem pela placenta e, portanto, livre passagem para o feto. O fígado do bebê que está em formação metaboliza o álcool duas vezes mais lentamente que o fígado da mãe, isto é, o álcool permanece por mais tempo no organismo do bebê do que da sua mãe.

O aborto espontâneo e o trabalho de parto prematuro, assim como outras complicações da gravidez, também estão relacionados com o uso do álcool, mesmo em quantidades menores. O risco de aborto espontâneo quase dobra quando a gestante consome álcool.

Os prejuízos causados no feto pelo álcool podem causar desde gestos desajeitados até problemas de comportamento, falta de crescimento, rosto desfigurado e retardo mental, dependendo da fase da gravidez e também da quantidade de álcool ingerido.

Um estudo recente sobre o álcool na gravidez foi feito por pesquisadores dinamarqueses e publicado no Jornal Britânico de Ginecologia e Obstetrícia. O resultado mostrou que filhos de mães de consumo moderado não apresentaram comprometimento no desenvolvimento comportamental e intelectual até os 5 anos. Já as crianças de mulheres que bebiam em excesso tinham mais chance de apresentarem déficit de atenção. Vale lembrar que já se sabe que bebidas alcoólicas durante a gravidez podem levar, ainda, a outros problemas neurológicos no bebê, como hiperatividade, impulsividade, problemas de visão espacial, além de o risco de ele nascer com baixo peso e ter alterações cardíacas.

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2 Comentários
  1. claudia araujo   ///   10/08/2013 - 10H27

    Tá lindo Gaby
    beijos

  2. Gabriella   ///   10/08/2013 - 10H58

    Muito Obrigada!! Beijos

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